terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Comprimido azul

A vida separa-nos das pessoas, é natural. Há poucos dias reencontrei um antigo colega. Tem idade para ser meu pai, e deu-me conselhos preciosos em fases difíceis da minha vida, conselhos de pai-amigo. É um homem só que se esconde detrás de uma personagem sociável e divertida. Dei-lhe o meu número pessoal e disse-lhe: "Guarda o meu número. Se me ligares para a semana ou daqui 5 anos, não interessa, vou te falar com a mesma felicidade."
Talvez me liga um dia. Um pouco como no livro "a valsa do adeus" de Milan Kundera, em que uma das personagens tinha um comprimido azul. Ele sabia que tomando o comprimido, acabava com a vida. Andava sempre com ele, como se o comprimido constituísse uma saída, sempre ali, eficaz 100%... Podia nunca recorrer a ele, mas ali estava, era uma espécie de reconforto.

2 comentários:

nuno cruz disse...

É o chamado efeito placebo :-)

Eu costumo andar com um comprimido cor-de-rosa, um azul e um verde, mas não os guardo, hahahhaha...

Beijo

Francesa disse...

Eu tenho a pilula da felicidade:)