quarta-feira, 18 de março de 2009

Lost in Translation




Vi este filme em 2004 nos meus primeiros quinze dias na Hungria, num momento em que eu também estava Lost in Translation. Lembro-me perfeitamente de estar "perdida" num país, sentir a alienação e a solidão dos primeiros tempos. Acho que cheguei até a ter essa expressão do Bill Murray e sentir que o meu único espaço era um quarto. Depois "fui encontrada" mas esses primeiros momentos são peculiares.

NB: Penso que é isso que nos marca nos filmes, livros, etc, é o facto de nos reconhecermos:)

3 comentários:

Vic disse...

Concordo plenamente! Em Shaoxing, andei perdido durante 15 dias! Depois, encontrei o canadiano bonacheirão (Nate) e integrei-me naturalmente no seio da comunidade ocidental desta cidade!! Mas recordei-me imenso deste filme que adoro!! A BSO é fantástica!!

Francesa disse...

Eu encontrei portugueses (claro), mas as pessoas com quem mais convivi eram mesmo húngaros, orientaram-me naquilo que me rodeava.
Mas claro que num país oriental, o choque cultural é maior:)
Ainda não saí de Europa...

PAS[Ç]SOS disse...

Também concordo. Quando nos revemos em filmes, em livros, em palavras, em cidades, noutras pessoas... é que dá para acreditar que, afinal, não estamos loucos. Há outros que vêem, que ouvem, que pensam, que lêem como nós.