
Vi este filme em 2004 nos meus primeiros quinze dias na Hungria, num momento em que eu também estava Lost in Translation. Lembro-me perfeitamente de estar "perdida" num país, sentir a alienação e a solidão dos primeiros tempos. Acho que cheguei até a ter essa expressão do Bill Murray e sentir que o meu único espaço era um quarto. Depois "fui encontrada" mas esses primeiros momentos são peculiares.
NB: Penso que é isso que nos marca nos filmes, livros, etc, é o facto de nos reconhecermos:)
3 comentários:
Concordo plenamente! Em Shaoxing, andei perdido durante 15 dias! Depois, encontrei o canadiano bonacheirão (Nate) e integrei-me naturalmente no seio da comunidade ocidental desta cidade!! Mas recordei-me imenso deste filme que adoro!! A BSO é fantástica!!
Eu encontrei portugueses (claro), mas as pessoas com quem mais convivi eram mesmo húngaros, orientaram-me naquilo que me rodeava.
Mas claro que num país oriental, o choque cultural é maior:)
Ainda não saí de Europa...
Também concordo. Quando nos revemos em filmes, em livros, em palavras, em cidades, noutras pessoas... é que dá para acreditar que, afinal, não estamos loucos. Há outros que vêem, que ouvem, que pensam, que lêem como nós.
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